quinta-feira, 22 de outubro de 2009


A espera interminável pela chegada de...
A COMITIVA

[Texto e Fotos: Alexandre Correia]

Mergulhado numa densa nuvem de pó, que dava uma imagem difusa da paisagem e, pior do que isso, escondia os buracos do caminho, guiava há mais de uma hora pela picada quando reparei que desde que saíra do asfalto, na cidade de Gabela, ainda só tinha avançado cerca de 15 quilómetros. Ao ritmo a que a caravana seguia, seria impossível chegarmos a Quilenda à hora prevista. Desta vez, porém, ninguém tinha culpa do atraso. Ou todos tinhamos, simplesmente porque à hora do almoço a fome pesou mais do que horário programado. O almoço, numa churrasqueira à entrada de Gabela, embora tivesse sido encomendado com semanas de antecedência e sucessivamente confirmado nos dias anteriores, parecia ter sido improvisado no momento em que o restaurante foi invadido por mais de quatro dezenas de pessoas — os participantes no 4º Raid T.T. Kwanza Sul — que traziam fome a dobrar e encontraram comida para apenas metade. Ficou logo bem claro que ninguém saíria dali sem ter comido a refeição a que tinha direito, mas nem os relógios páram nem os frangos assam instantaneamente, pelo que a hora e meia desta paragem foi escandalosamente ultrapassada. Quando eu finalmente me pude servir, já uma boa parte dos meus companheiros estavam a postos para seguir viagem, mas a espera pelos mais atrasados — e talvez também a falta de um café — como que lhes provocou uma suave sonolência, tornada ainda mais agradável pelo calor do sol. Isso permitiu-me ter sido um dos últimos a chegar ao restaurante e o primeiro a partir, adiantando-me para tentar ganhar o tempo suficiente para conseguir parar na esplanada do centro da cidade, tomar um café expresso e voltar a partir devidamente colocado na cauda da caravana, sem que alguém desse pela minha falta e fizesse deter a marcha, como seria suposto que aconteceria até me encontrarem. O plano era perfeito, mas não contava com as obras de renovação dos espaços públicos da cidade, cujos trabalhos tinham precisamente acabado de chegar ao jardim da praça central, que foi isolado por tapumes e obrigou ao encerramento temporário da esplanada e do bar. Era irónico não conseguir tomar um café numa terra toda ela rodeada por abundantes cafezais, mas foi isso que aconteceu. E graças a este plano frustrado, acabei por ser um dos primeiros a avançar para a picada que liga Gabela a Quilenda, provavelmente um dos caminhos de terra com mais buracos por quilómetro entre todos os que já percorri em inúmeras destas aventuras. Só a Nissan Hardbody do líder da expedição seguia à frente da minha, pelo que não era por falta de habilidade ao volante nem de experiência em todo-o-terreno que não íamos mais depressa; era porque não dava mesmo para ir mais depressa. A visita a esta vila, perdida a meio caminho entre Gabela e Porto Amboim, não era uma visita qualquer e sabíamos que estava à nossa espera uma multidão, encabeçada por todas as autoridades e as chamadas “forças vivas” da terra. Até tinha vindo gente das aldeias vizinhas só para receber e aplaudir a comitiva, como diziam entre si. O encontro entre uns e outros estava previsto ter lugar na rua principal, onde fica a velha escola primária — numa das esquinas —, o jardim público com a sede do Clube local, mesmo ao lado, o edifício da sede do município, em frente, e a igreja, na ponta oposta, diante do jardim. Quilenda era o único município da provincia do Kwanza Sul que nunca tinha testemunhado a passagem da caravana desta expedição. E por um triz a visita não foi adiada, pois duas semanas antes de termos saído de Luanda a estrada estava intransitável, arrasada pelas chuvas. Reabriu ao trânsito apenas uns dias antes e somente no troço entre Gabela e Quilenda. E como a ideia era que a caravana daí seguisse até Porto Amboim, para depois descer a estrada costeira até Sumbe, onde nessa noite — com o tradicional banquete oferecido pelo Governador do Kwanza Sul — terminava a quarta edição do raide, ainda se pensou deixar isso para outra oportunidade. Porém, adiar a visita seria frustrar as expectativas daqueles que nos esperavam há quatro anos. E compreendi isso perfeitamente quando lá cheguei... Assim que as duas primeiras pickups entraram em Quilenda, passando defronte do posto da policia, à entrada de uma rua que se alarga e é divida ao centro por um canteiro com árvores — seguindo uma disposição típica do período colonial — imediatamente percebi a agitação. Um bando de rapazes desatou a correr rua acima, em direcção ao centro, anunciando a toda a gente que “a comitiva está a chegar”. Bastou segui-los para perceber onde é que tinha de ir: até ao cimo da rua, a uma rotunda delimitada por pedras que não escondiam ter sido caiadas de branco há muito pouco tempo — como aliás as pedras que contornavam todos os canteiros no meio das ruas. Parecia que estava ali a população toda, dividida em três grupos bem distintos. Os membros da administração do munícipio e as individualidades importantes da vila, desde o padre aos professores, passando pelo chefe da policia, aguardavam-nos no cimo das escadas de acesso às instalações da autarquia; em baixo, junto ao muro, estavam os representantes do poder tradicional, os sobas, à vontade uma trintena deles, todos vestidos com uma farda de cor de areia e alinhados como se estivessem numa formatura militar. E até parecia que estavam. Em frente destes dois grupos, bem no meio da rua, estava o povo todo. Muita gente mesmo. Mais mulheres do que homens, imensas com bebés presos às costas, amarrados com capulanas coloridas, e bastantes crianças, que transbordavam de curiosidade e de excitação. E até denunciavam algum medo. Grande parte desta gente não tinha memória de alguma vez uma comitiva assim ter visitado Quilenda. E o orgulho das autoridades não podia ser maior, pois consideravam a nossa visita como uma “comitiva oficial”, ou não se tratasse de um raide promovido sob a égide de duas entidades oficiais — o Governo da Província do Kwanza Sul e a Câmara Municipal de Almada. Foi nessa altura que senti como era realmente importante para aquele gente receber-nos na sua terra perdida. O que para nós era um frete, uma deslocação que ninguém tinha começado com ânimo, mas sim pela obrigação de cumprir com o programa — pois o cansaço de longos dias a percorrer picadas esburacadas e poeirentas já era forte —, era encarado de modo completamente diferente por quem nos aguardava; era motivo de enorme orgulho, para além de uma grande excitação. Quando chegámos, vi expressões de contentamento nos olhares daquela gente toda. E logo esqueci o sacrifício que tinha sido percorrer aquela picada. Um sacrifício que, diga-se de passagem, ainda iria repetir quando terminassemos a visita. Mas aqueles sorrisos, o sentir que era assim tão importante termos ido lá, superou isso tudo. O frete deu lugar ao prazer de termos conseguido corresponder às expectativas. E uma das coisas boas da vida é conseguirmos isso: corresponder às expectativas. Antes de mais, às nossas. Mas também às de quem, como naquele dia sucedeu com o povo e as autoridades de Quilenda, se mobiliza por nós. Quantas vezes não nos acontece passarmos por isso com uma absoluta indiferença? Provavelmente, todos nós já provocámos decepções dessas. Neste caso, felizmente que fomos ao encontro dessas expectativas, pois a avaliar pela festa que estava preparada em nossa honra, se não aparecessemos teríamos ferido o orgulho daquela gente. Assim que estacionei, depois de descrever a rotunda, começaram logo a ouvir-se os batuques, sinal para o povo arrancar a festa. Esperavam dúzia e meia de pickups, com mais de quarenta pessoas, e apareceram só duas, com dois pares de ocupantes. Como não vinham mais carros atrás, a festa interrompeu-se. A nossa chegada era um falso alarme. A comitiva ainda vinha a caminho. Vinha sim e demorou uma boa meia hora, em que até nós os quatro ficámos impacientes — interrogando-nos se tinha acontecido alguma coisa ao grosso da coluna — quanto mais aquele povo todo, que já ali estava há umas horas... O pó, aquele maldito pó, era o culpado de tamanho atraso. O pó e os buracos infernais. As pickups chegaram em grupos de duas ou três, com alguns minutos de intervalo entre si, que eram o tempo necessário para deixar assentar a poeira. A tarde estava mesmo no final quando a festa recomeçou, repetindo um ritual que já era familiar aos veteranos desta expedição: intermináveis apresentações de cumprimentos, alguns discursos de boas vindas e de agradecimento pela vinda de uma comitiva, uma festa popular com música e danças, e outra festa, mais resguardada de olhares públicos, só para os membros da comitiva e para os anfitriões. Esta última, como normalmente, metia comes e bebes. Afinal, as boas celebrações têm lugar à mesa. Em 2005, no decurso do primeiro destes raides por Angola, quando chegámos à vila de Seles descobrimos que tinham organizado não um, mas sim dois jantares em nossa honra. E como não podíamos fazer a desfeita aos que nos convidavam, tivémos de ter estômago para comparecer aos dois repastos. Foi uma barrigada de galinha de cabidela e caldeirada de cabrito — logo por azar as ementas foram quase idênticas... — mas ninguém ficou ofendido, nem deu pela duplicidade de jantares. E para nós, foi como se tivessemos feito um intervalo entre o primeiro e o segundo pratos. Agora, porém, era diferente. Tinham preparado um lanche na residência da administradora de Quilenda e apesar do nosso atraso nos recomendar que partissemos quanto antes, repetindo o percurso até Gabela, não houve coragem para recusar o convite, tal era a satisfação por finalmente termos ido a esta vila. E como as palavras são como as cerejas — atrás de uma vem sempre outra... — o que tinhamos discretamente combinado que seria uma visita de médico, só o tempo necessário para corresponder ao formalismo da visita, acabou por tornar-se num encontro descontraído e demorado. Só nos apercebemos que as horas continuavam a passar quando começou a escurecer. Ao desperdirmo-nos, explicando a urgência de regressarmos à cidade de Sumbe, para o banquete com o Governador, o chefe da policia de Quilenda quis ser prestativo e imediatamente requisitou uma escolta para nos acompanhar até Gabela. Esqueceu-se foi de dar indicações ao motorista do jipe da policia para ir tão depressa quanto pudesse. E como não o fez, o condutor decidiu converter a sua missão num vagoroso desfile através da picada, rolando devagar, parando para passar cuidadosamente nos buracos mais fundos, abrandando ainda mais à passagem pelas localidades. Mais deseperante não podia ter sido. Ninguém tinha coragem de ultrapassar o carro da policia, que só desmobilizou nos limites do concelho. O resultado foi termos adiado o jantar para a hora da ceia, sentando-nos à mesa já muito perto da meia-noite. O raide, todavia, estava terminado e na manhã seguinte não precisávamos sequer de madrugar, pois só restava cumprir a ligação de regresso a Luanda. Portanto, ninguém se preocupou que o jantar durasse até às três da madrugada e houve mesmo quem tivesse resistido ao sono e continuasse pela noite dentro a dançar, acabando a festa ao amanhecer com um mergulho nas águas do Atlântico, mesmo em frente ao hotel.

Mergulhadas numa nuvem de poeira, as Nissan Hardbody do 4º Raid T.T.Kwanza Sul entraram em Quilenda bem mais tarde do que o previsto. O caminho desde Gabela até esta vila estava num estado tal que a média de andamento rondou os 15 km/h.

Quem chega de visita deve cumprimentar os visitados. E a regra do protocolo diz que os anfitriões devem receber os seus convidados à porta. Nenhuma destas regras foi desvirtuada na nossa visita a Quilenda.

E a tradição também diz que uma comitiva deve ser recebida com um discurso. Em Quilenda, a festa só parou para ouvir as "palavras de circunstância" ditas pelas autoridades locais em honra dos visitantes, assim como pela réplica por parte de uma das "autoridades" da caravana, que agradeceu publicamente a atenção que nos foi dispensada.

Assim que terminaram os discursos, fizeram-se ouvir de novo os batuques e o povo voltou a formar uma roda gigante, dançando alegremente diante da sede do município.

Até os bebés participaram na festa. Amarrados às costas das mães, fartaram-se de dançar!

A festa popular, na rua principal de Quilenda, terminou ao cair do dia. Mas a comitiva tinha ainda uma pequena celebração privada, na residência da administradora local...

27 comentários:

  1. Olá Alexandre,

    Que viagem emocionante! E uma vez mais viajei nas e com as suas palavras neste longo percurso atribulado de terra e buracos. Senti os abanões e a satisfação de chegar ao destino final e cumprir! É mesmo bom cumprir com o definido e, como disse, corresponder às expectativas. Senti essa recepção pelas suas descrições e o sentido que fez esse sacrifício. Há sorrisos que valem mesmo sacrifícios. E, neste caso, valeu a alegria de um “povo distante” que deve ter concerteza sentido um orgulho enorme ao receber a “comitiva”. Uma vez mais, presenteou a quem segue o seu blog com uma aventura recheada de momentos fortes e especiais.

    Abraço,
    Silvia

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  2. Alex,eu não gosto de ser repetitiva, mas, tenho que ser. Cada vez que venho ao seu blog fico simplesmente "encantada" com a história contada na 1º pessoa.Claro que o pessoal da churrasqueira não estavam há espera de pessoal "esfomeado",pensavam eles o pessoal que vai chegar é estilo "petiscam" qualquer coisita(sorrisos). Esqueceram um pormenor muito importante. Que não interessa culturas, raças etc. A fome quando aperta é universal.
    Foi mesmo ironia do destino o Alex não poder tomar o café expresso. Mas a vida às vezes pregam-nos dessas partidas. Alex com tantos buracos acredito que nem o "TODO TERRENO" melhor consiga andar mais depressa.Mas no fim a recompensa valeu. O que o Alex escreveu é de uma grandeza enorme da vossa parte e de quem vos recebeu. Alex realmente onde chega é logo festa? (sorrisos)Agora essa do carro da policia é forte. Quem ia ultrapassar o dito ninguém. E eles (polícia) tinham todo o tempo do mundo para vos acompanhar. O que não era o vosso caso (a maravilha que não é, viver nesses países com as suas falhas sim senhor, mas sem tempo para nada. O tempo para eles é os pequenos momentos de festa que eles fazem parecer grandiosos. Só nós por um pequeno problema fazemos um bicho sete cabeças).Agora Alex quando fala que a viajem foi promovida também pela Camâra Municipal de Almada fala da que eu penso, e sei, a que eu vivo?
    Alex vou ficar por aqui e dizer que é com uma grande admiração que eu sigo o seu blog. Simplesmente fabuloso. Continue a presentear-nos com as suas histórias.

    beijo

    Isabel Miranda

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  3. Olá Silvia,

    Como concluíu, há de facto maus caminhos que valem a pena ser percorridos, por muito que à priori sintamos uma resistência a avançar. Este foi um desses casos. A nossa expedição já ia longa, com milhares de quilómetros e dias a fio passados a rolar em caminhos de terra detriorados e poeirentos, que tornavam pouco aliciante esta etapa final. Mas como as aparências iludem, acabou por valer a pena. Pela experiência em si, mas também pelo que representou, junto dos nossos anfitriões, esta visita à vila de Quilenda.

    Beijo,

    Alex

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  4. Olá Isabel,

    Fumei durante muitos, muitos anos. Até que um dia deixei de fumar. Sem a mais pequena dificuldade. E não só não voltei a pegar num cigarro, ou num charuto (adorava os robustos e os meia-coroa da Fábrica de Tabaco Estrela, de São Miguel, Açores, enrolados à mão e feitos com uma excelente selecção de tabacos muito suaves, de proveniências tão diversas como a República Domincana e a Indonésia...), como deixei, definitivamente, de vijar com um frasco de nescasfé ou mesmo uma pequena máquina para ligar ao isqueiro de jipe e fazer um café na hora. Nesses tempos, não me tinham faltado café...
    E quanto à dúvida se este Raid T.T. Kwanza Sul envolve a C.M.Almada, confirmo que sim, estamos a falar da mesma edilidade. Mas atenção às conclusões precipitadas, que o papel deste munícipio é o de promover o evento num quadro que não tem nada haver com uma mera viagem turística, mesmo que cheia de aventura e de encanto. Trata-se de uma das faces de um projecto que assenta numa parceria com a província angolana do Kwanza Sul e que é bem capaz de ser um dos mais válidos acordos de geminação alguma vez rubricado por uma autarquia portuguesa. E convém ainda referir que a participação neste raide é paga pelos próprios expedicionários, não pela C.M.Almada, nem tão pouco pelo Governo da Província do Kwanza Sul; é o envolvimento, cada vez mais forte, de patrocinadores angolanos, que tem viabilizado este projecto. Que é único e que tem contribuído para mostrar a outra face de Angola, aquela que normalmente não é referida nas notícias. Até porque em Portugal, mas não só, as boas notícias não são notícias.

    Beijo,

    Alex

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  5. Caro amigo, antes de mais devo confessar o prazer com que li avidamente o relato de uma nova etapa de tão longa viagem. Deve ser uma sensação única, uma espécie de realização interior, sentir que fizemos realmente algo pelos outros - mesmo que seja um simples estar presente -, quando menciona terem correspondido às expectativas de um povo que os esperava com curiosidade e satisfação pelo momento ímpar no dia a dia dessa gente. São empreitadas como a vossa que por vezes fazem mais pela relação cultural entre dois países do que muitas visitas de Estado. Um abraço.

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  6. Caro Miguel,

    Agradeço o seu comentário. Sobretudo porque demonstra que eu consegui transmitir a mensagem que pretendia, através de mais uma entre tantas histórias vividas nessas enorme viagem por Angola, da mesma forma que o Miguel, enquanto leitor atento, captou a essência desse episódio e interpretou-o como eu gostava que fosse. É um prazer ter leitores assim!

    Abraço,

    Alexandre Correia

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  7. Mais um relato emocionante. Acredito piamente que essas recepções calorosas façam esquecer os buracos do caminho e o cansaço da viagem e outras peripécias.
    As fotos são elucidativas da alegria do povo o que é muito bom.
    Beijinhos Alexandre.

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  8. Olá Ana,

    Os buracos também fazem parte do desafio, numa aventura como esta tem sido. E as recepções calorosas sempre foram uma regra. Uma mais formais, que não são as que mais me agradam, outras mais simples e expontâneas, que batem largamente as primeiras em calor. No caso da visita a Quilenda, o acolhimento que nos foi dispensado conciliou algum formalismo, patente na sessão de cumprimentos e nos discursos de circunstância "improvisados" em algumas folhas de papel A4, discretamente tiradas de um bolso. Mas como os discursos foram feitos com toda a audiência em pé, pelo menos ninguém adormeceu. E mesmo que tivesse acontecido, as batucadas que se seguiram, impondo o ritmo à festa popular que decorreu no meio da rua, eram capazes até de acordar mortos...

    Beijo,

    Alex

    PS — Viu bem Ana, ali havia mesmo alegria!

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  9. Alex,

    Eu já percebi o vosso trabalho e nunca ia tirar conclusões precipitadas.Só perguntei mesmo se era o que eu pensava.Agora quando fala de em Portugal as boas noticias, não são noticias. Alex infelizmente é a pura das verdades,é triste que as aberturas dos nossos noticiários sejam sempre as desgraças. Mas infelizmente é o país que temos, e vejo o futuro cada vez pior...

    beijo

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  10. OLá Alexandre
    Mais uma narrativa repleta de emoção. É fantástica a forma e a alegria como são recebidos. Deve ser muito gratificante, depois de tão árduos caminhos.
    boa semana

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  11. Olá Linda,

    A maior emoção foi mesmo ter vivido estes momentos todos. E acertou quando sugere que deve muito gratificante, depois de tão árduos caminhos, sermos bem recebidos e com alegria; claro que é. Muito.
    Esta recepção, tal como muitas outras que nos foram dispensadas, foram previamente organizadas. Mas isso não lhes retira o entusiasmo e o calor que, de resto, sempre encontrámos expontaneamente em todos os lugares por onde passámos durante duas semanas. E nas viagens anteriores, também em Angola, isso foi sempre uma regra. Não deixa de ser curioso que quem nunca foi a Angola tenha uma imagem tão negativa do país, num quadro em que a segurança ocupa lugar de relêvo, pois a realidade não é essa. Felizmente.

    Beijo,

    Alexandre Correia

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  12. Isabel,

    Não se iluda, porque não é só em Portugal que os noticiários abrem só com as desgraças. É mesmo assim em todo o Mundo! E isso é muito triste, até porque explora demasiado o lado mau das coisas e raramente sobra espaço nesses noticiários para referir coisas interessantes, rentáveis ou pacíficas.

    Beijo,

    Alex

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  13. "E uma das coisas boas da vida é conseguirmos isso: corresponder às expectativas. Antes de mais, às nossas. Mas também às de quem, como naquele dia sucedeu com o povo e as autoridades de Quilenda, se mobiliza por nós."
    Alex,
    Tu continuas a ser uma pessoa e escritor que corresponde e superas as expectativas dos teus leitores e indefectíveis seguidores e amigos, superando-as com o realismo humano e espírito de observação objectivo e intuitivo, quase poético, das tuas reportagens. É sempre um prazer ler e sentir o que descreves com tanta alma, amigo. OBRIGADA por me permitires viver esses momentos e espaços através das tuas palavras.
    Beijos

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  14. Olá Madalena,

    Quem tem de agradecer sou eu. Porque é um privilégio ter leitores assim!

    Um beijo,

    Alex

    PS - O tempo não chega para tudo e o blog ressente-se disso. Tomara que pudesse escrever mais destes textos...

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  15. Alex

    Mais uma viagem fantástica. Estava a senti-la como se fosse também na comitiva, já que tenho na memória todo esse ambiente, das picadas, da terra de côr amarelo bem torrado, das poeiras... Quando vivi na Fazenda (Cubal), a viagem da fazenda à Ganda, recordo-me de ser assim, uma viagem que não tinha mais fim porque a camioneta tinha que fazer uma e´spécie de gincana, a uma velocidade minima, que recordações que me trouxeste com esta tua descrição. Imaginei-me lá, não conheço a Quilenda mas conheço a Gabela, com aquela paisagem extraordinária do café em flor (baga vermelha). A dançar(e se eu gosto de dançar) no meio daquele pessoal lindo e alegre cheio de orgulho pela vossa visita. Que saudades...sabes que eu sou muito saudosista. Enfim continua a trazer-me boas recordações e viagens maravilhosas.

    Jinhos
    Lena

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  16. Oi Alexandre
    como diz a Lena, mais uma vez nos sentimos numa das tantas viagens que fizemos nos anos 60(nossa, como já passaram tantos anos e nos fizeste sentir que foi ontem...).
    è mesmo um prazer vir até aqui e ler-te.
    Adorei de novo e acabo sempre por me repetir... mas a culpa é tua e dos teus seguidores que tb comentam de uma forma muito agradável.
    Continua e nós cá estaremos para te "ouvir" e passearmos por esses matos e cidades de Angola e não só.
    Bjs
    São

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  17. Olá Manas,

    Até eu que näo tive essa infancia sinto as mesmas saudades dessas picadas e de todo o ambiente especial que se respira em África, e em Angola muito em particular! E concordo com a Lena e com a Säo: os leitores que se däo ao trabalho de deixar um comentário säo todos muito agradáveis. Espero que continuam a viajar por aqui quando eu terminar esta longa viagem escrita por Angola; terminar näo digo, mas näo tarda vou ter de interrompe-la. Até porque o mundo é muito grande e parece que eu näo vou a mais lado nenhum. Vou e a muitos sítios. Agora mesmo, estou na Alemanha...

    Beijos,

    Alexandre

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  18. oi,Alexandre
    podes estar certo que continuaremos(arrisco a falar no plural) seguindo tuas crónicas das viagens e aventuras. Talvez com emoções diferentese não tão saudosistas(palavra que eu não curto muito) mas sempre com o prazer de nos sentirmos em viagem contigo, pois o teu poder descritivo e a tua forma de contador de histórias será sempre prazeirosa. Bjins e muitas aventuras pela Alemanha

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  19. Oi Alex,

    Eis-me aqui tirei um tempo para poder ler teus dois textos novos e vou comentar um a um. Ao ler tão emocionante aventura, mesmo não tendo a grata satisfação de poder comer um bom banquete, vê-se ao longo destas jornadas que você tão bem relata, que a emoção de ver novidades, culturas diferentes e até algumas impactantes, penso na bagagem que este amigo adquiriu em cada parada feita. E é interessante, como a gente deve se reportar aos outros, estando nós, à casa deles não é? Muito bacana e impactante esta nova jornada.
    Um beijo grande,
    Cris*

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  20. Olá Cris,

    Sabe que estas viagens tinham muito a ganhar se na caravana tivessemos uma "personal gourmet" que cuidasse de garantir boas refeições. Infelizmente, isso tem sido sempre o lado mais duro destas viagens através de Angola: chegamos ao fim e já não conseguimos ver frango, nem arroz demasiado cozido, nem tantas coisas que eram bem melhores e mais saborosas se tivessem sido confeccionadas por alguém que realmente soubesse cozinhar convenientemente. Porque mal, toda a gente sabe cozinhar, mas bem é uma arte reservada a muito poucos.

    Beijo,

    Alex

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  21. Olá passei para conhecer o seu blog, gostei muito, o seu amigo é muito engraçado de certeza que é um bom ser humano, boa sorte nas suas aventuras

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  22. Olá Empresária,

    O sucesso de um blog passa sobretudo por visitantes assim, que gostam de ler. Porque quem não aprecia leitura, não consegue gostar deste blog. E, felizmente, comentários como o seu são frequentes. Muito obrigado pela visita e volte sempre!

    Beijo,

    Alexandre Correia

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  23. Ola! Just to let you know I have been here in your blog. Read a little bit and I think it is nice.

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  24. Olá Rosalie,

    I'm glad to know that you have a nice experience when reading the stories in my blog. I hope in brief you can find all of them in a book! I've also visit your blog, where I discovery that you come from one of the my favorites country's in Asia-Pacific Region, the Philipines. I've been there several times during the ninety's and I wish to go there again, just to compare the evolution, but specially to enjoy again all the beauties of your country. And about Portugal, are you fan?...

    Alexandre Correia

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  25. Alexandre,
    O colorido das roupas das pessoas que aparecem nas fotos é a coisa mais linda.
    Abraço pra vc! Mari

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  26. Olá Mari,

    Linda mesmo era a alegria desta gente toda, animadíssima, divertidíssima! E essa alegria, tão carregada de energia positiva, era contagiante.

    Abraço,

    Alexandre

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  27. Dear Alexandre,

    I am the Content and Community Manager of Travelavenue.com, the new community travel guide.

    I am very happy to tell you that our editorial team has selected your blog to be a part of our program “Travelavenue favorite blog 2010”.

    How can I contact you? I would like to present you our program.

    See you soon on Travelavenue,

    Laure
    lh@travelavenue.com
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